Entrelaçada

Entre um emaranhado

De fios desconectados...

Refugio me na imensidão de pensamentos

Que me assaltam a "calmia" de mais um final de dia

Procurando questões que se criam numa reticência de não respostas

Entre caminhos meus onde os atalhos me fazem cair

Perco me num mapa que crio

Sendo "vagabunda" citadina...

Entrelaçada na minha própria sina...

Olhar no ontem...

Aqui me vejo
Numa gruta iluminada...
Perdida ou encontrada...
No meio do nada...

Meu corpo adormece
Numa vida contada
Balançando inexpressivo
Num combate há muito perdido....

Sou bússola
Do meu caminho
Onde os ponteiros
Não encontram o Norte
que ao longe o olhar avista

Interrogações
De um passado inalterado
Num presente, cuja mente
Calca pedras...
Cuja vida pisou...mas não apagou

Ponto de chegada...

O olhar dança na balança de um sentimento constante...
Coração bate, abraçando palavras no silêncio de quem as sente...
Vejo partir alguém que em mim tem o seu abrigo
Os ponteiros encaixam em dias que não passam...
Segundos que tremem...horas que adormecem
Navego em mente, sobre as saudades que me habitam...
E eis que no ponto da partida...surge o ponto de chegada
Onde te espero e te encontro...
Num abraço de 2 mundos
Que como 2 imans se encaixam....

P.S: dedicado a Ricardo Monteiro :)

Meio copo ou copo cheio

Houve um tempo em que me perdi
Senti não ter uma bússola que me orientasse
Criei túmulos na terra
Fui tempestade em mares serenos
Chuva num dia de sol
Sereia que se afogou...
Hoje sou um livro de páginas por escrever
Vazias...ansiando um nova tinta que as preencha
Apagando um preconceito do meu "eu"
Vestindo um novo mundo
Que a mim me sirva, que a mim não me faça sentir vazia...

Oh mar que me revoltas...

Oh mar que me revoltas
Na imensidão de 1 céu perdido
Que beijas uma areia que não te pertence
Abraçando-a em tempestade incontrolada
Partilhas um mundo com a terra
Oh mar que me revoltas
Em ti me perco
Em ti me encontro
Meu corpo flutua num ondear
Que no perto não vê o longe
E anseia encontrar
Uma praia onde ficar...

Na procura de um caminho

Somos almas que se sufocam em sentimentos não esquecidos...
Somos almas prisioneiras de uma saudade que o coração sente e a razão não entende
Somos náufragos num mar que se atira à tempestade e teme a acalmia
Somos amigos, donos de um mundo perdido...
Procurando sentido num caminho que se aventura em atalhos
Nunca antes explorados...

Perdida em pensamentos...

Numa corrente invisivel
Sou um pedaço de alma
Que viaja sobre vislumbres de uma brisa
que a minha janela beija...
Um corpo que se depena numa gota da lágrima que não cai
Cicatrizes num coração que não bate
Olhos que se tornam cegos
Numa escuridão vizinha...
Num corpo que o tacto não sente
Num sorriso, ladrão de um sentimento que a razão fala e o coração mente